25 de janeiro de 2008

Bolhão


Foto de Alberto Guimarães

A delineada destruição do Mercado do Bolhão, é motivo para uma interessante perspectivação por parte do Arquitecto Manuel Correia Fernandes no Jornal de Notícias de hoje. Infelizmente não encontrei na edição on-line (para aqui colocar um link), a crónica onde são percorridas reflexões «para além das questões mais evidentes dos valores patrimoniais que estão em jogo». Para o Arquitecto M. C. Fernandes, o desaparecimento de mercados como o Bolhão, acarretam perversos resultados que se prendem «com a “ditadura” das grandes superfícies não só sobre os habitantes das cidades, como, também, sobre os habitantes dos campos enquanto produtores agrícolas que, sendo pequenos, (como são quase todos em Portugal) não podem ombrear com os grandes compradores e distribuidores…».
Escreve ainda «…se por maldade ou incúria dos homens – como acontecerá se o Bolhão for destruído – se quebrarem os elos duma cadeia vital, os resistentes de hoje serão os desistentes de amanhã e o que é, ainda hoje, espaço natural, produtivo e saudável, será amanhã… mais cidade»
De forma incisiva, termina o cronista « …também por tudo isto, se o nosso Bolhão desaparecer é um pouco de nós todos que também desaparece! Mas isso só acontecerá se quisermos».

1 comentário:

Anónimo disse...

http://www.petitiononline.com/bolhao/petition.html

Que bom que há gente pensante a pensar no assunto!!!

abraço