18 de dezembro de 2007

Café Stop

A ideia era agora publicar outro post sobre o Toddy. Projecto substituído, fica como traço de união a lembrança dos tempos em que um café do Porto exibia cartazes vidrados anunciando que ali se servia «Toddy quente». Esses cartazes foram retirados e o café é hoje um lugar incaracterístico e desolado em termos decorativos, com abuso de pladur e paredes minimalistas, como aliás grande parte dos cafés do Porto e da chamada província. Não é o caso do Café Stop em Paredes, onde tomei um café no final de uma destas manhãs frias de Dezembro. Encontrei ali o conchego que um café deve ter. O que provém, além da decoração e dos objectos exibidos, de algo incorpóreo. Um café torna-se com o tempo num sítio especial.
E, naquele café, quando se olha para o exterior, o panorama pode repentinamente ser azulado pela reflexo ocasional dos belos azulejos da fachada, ou pode fazer-nos deparar com o espanto e o compadecer incrédulo de alguém surpreendido com o anúncio colocado na montra, juntamente com as lotarias de Natal, de um óbito.
Eis o Café Stop.

















Fotos de Alberto Guimarães




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