16 de novembro de 2007

LEGAL


Se é certo que as capas sempre foram uma resultante e um preceito do marketing dos discos, com a inerente necessidade de o design servir esse marketing, com elas propiciou-se novo espaço para se instalarem expressões como a fotografia, o desenho ou a pintura. Não só para melhor vender discos mas também para criar ambientação visual, ou como elemento conceitual, artistas plásticos são responsáveis por muitas capas de vinis ou CD´s: Andy Wharhol, Keith Haring e Robert Rauschenberg, por exemplo. Lembro-me, de repente, de fotos para capas de discos feitas por Robert Mapplethorpe ou Angus McBean.
A capa que reproduzo em cima é do álbum de 1970 LEGAL, de Gal Costa e foi elaborada pelo artista plástico brasileiro Hélio Oiticica. Reproduzo-a do louvável blog Loronix, que teve a sensibilidade de a exibir no seu todo (capa e contracapa). A mesma sensibilidade não tiveram os responsáveis pela adaptação para o CD que possuo, pois além de só mostrarem a frente, reduzem-a numa escala que nem sequer aproveita o 12x12cm.

1 comentário:

Anónimo disse...

Confesso!!!! Passei horas a fio a contemplar a capa do LP "Question of balance" dos Moody Blues (capa e contracapa abertas). Mais tarde pensei q iria fazer o mesmo quando comprei a edição em CD. Infortúnio! O tamanho concebido para o lp nao funcionava no cd. :(
Apenas a lembrança do objecto bonito q era disco em vinil! Não tinha sido só o som q tinha mudado.
Evidentemente, o aparecimento do digital trouxe inumeras vantagens. Tudo tem o seu valor. Mas... sou um futurista q gosta de recordações!