14 de outubro de 2006

Valsa Negra


A epígrafe de Valsa Negra inscreve uma citação de Catulo: o ódio é indistinguível do amor. Depois entra-se num universo tenso protagonizado por um maestro que se deixa obcecar pelos ciúmes da sua namorada trinta anos mais nova. Ficam-nos rastros diversos. Ali encontramos Gustav Mahler, São Paulo, o conflito Israelo- Árabe e, principalmente, personagens envoltos na dor e na crueldade geradas por perturbações afectivas .
Viciado na escrita ritmada e fluida dos livros de Patrícia Melo, gosto especialmente de Valsa Negra .
A capa da edição portuguesa (Campo da Literatura) é da autoria de Elsa Navarro e José Saraiva que conseguiram algo mais que um adorno para o objecto suporte do romance. Ouve-se a Valsa da Dor de Villa-Lobos nesta capa.

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