26 de junho de 2006

Deslumbramento


O episódio é extraordinário e foi relatado por medias como o jornal The Standard de Hong-Kong ou a Rádio Voz da América: o norte-coreano Kim Cheol-woong estudou piano desde pequeno vindo a tornar-se um estimado e protegido artista pelo regime de Pyongyang. O seu reportório era constituído por hinos marciais e melodias exaltando a premência de« fazer brilhar no firmamento da Coréia e de toda a Humanidade a estrela radiosa dos grandes Líderes Kim II Sung e Kim Jong IL».
Em 1999, o pianista então com 31 anos vividos entre privilégios facultados pela sua condição de artista ao serviço do regime, viaja até Moscovo onde ouve uma música que ele considera de uma «beleza estonteante» e que o deixou a tremer, em êxtase. Alguma especial interpretação de um concerto para piano de Beethoven? Uma gravação do Concerto de Colónia de Keith Jarrett? Não. O que o deslumbrou foi uma música do francês Richard Clayderman. Leram bem: Richard Clayderman.
A suavidade da melodia que ouviu, em contraste com o que ele considera «poderosas e masculinas músicas marciais» que tocava, alteram o seu rumo artístico. Dois anos depois, Kim Cheol-woong foge da Coreia do Norte e refugia-se , em Seul para se dedicar, como músico e professor, ao Jazz à música clássica.
Sem considerações sobre conceitos ou preconceitos artísticos, A Galena deixa aqui a nota.

2 comentários:

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
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